domingo, janeiro 22, 2006

Insónias














Foto por: Hipnoz

Um cigarro a minha mão acende
Para me fazer acompanhar
De algo que me desprende
Da hora de me ir deitar.

Por entre bafejos de fumo
Relembro este dia passado
Como outros tantos por mim contado.

Reparo agora nas sombras
E no fumo que circula no ar
São imagens duras
Com quem não dá para falar

Alguém deu um nome a isto por que passo
Chamaram-lhe insónias.
E eu chamo-as todos os dias
Com elas vagueio neste espaço
São as minhas fiéis companhias

Não as desprezo
No fundo acho que as invejo
Pois sou eu que as chamo
Para fazerem parte do meu rejo.

Estão comigo sempre que reclamo
Por um pouco de companhia.
Por isso as chamei hoje.
E voltarei as chamar com certeza noutro dia





3 Comments:

Blogger Madeira Inside said...

Olá!!
Sabes, a tua poesia com a tua rima encaixam-se muito bem!!!
Gostei muito, mais uma vez!!
É bom ler-te!! :)

"Estão comigo sempre que reclamo
Por um pouco de companhia.
Por isso as chamei hoje.
E voltarei as chamar com certeza noutro dia"

Insónias...hum...que chatisse...hehe!
Beijinhos

23:54  
Blogger DT said...

Caro amigo, como te percebo... Ou não fosse o meu blog o poema insone!

E o que seria de ti sem as insónias? Menos poesia certamente!

"E eu chamo-as todos os dias
Com elas vagueio neste espaço
São as minhas fiéis companhias"

Muito bom, muito bom mesmo.

Abraço xerife

05:02  
Blogger Ventry said...

Sem duvida as insonias fazem-me tambem ciumes, sao elas que mais sao chamadas... Sao umas constantes cumplices de muito o que se pensa e escreve.
Muito bom

01:07  

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