terça-feira, outubro 17, 2006

Não Me Deixo Morrer













Foto por: Luís Costa

Vagueio nas memórias
Que nem mãos de crianças na lama,
Procuro peças aleatórias.

Um rosto a lembrar,
Algo que acenda a chama
Para fazer arrebitar
Novamente esta alma.

Não me deixo morrer
Por razões finitas de fingimento
Que nos levam sem certo de saber.
Por teias de pensamento

Julgamos controlada
Esta vida que nos atormenta,
Mas para lá da alvorada,
Vem no entanto a morte prevista.

E agora que tudo se adivinha no fim da vida
Que nem reverso do cair duma cadeia de dominó,
Levanta-se grande contenda
Vamo-nos deste mundo ou cá permanecemos em pó.

Mas tudo se constrói por uma razão
Não importa o que acontece,
Pois sem sentido ou emoção
A vida cai e esmorece.

Mas eis que algo nasce e dá-nos a emoção
Outrora extinta e já esquecida
E que nos levará pela mão
Até ao fim da nossa vida.

Por isso acreditemos, nada está perdido
Enquanto não se antever
O nosso sorriso sumido
Na hora de morrer.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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22:03  

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